ATAQUES TIVERAM MOTIVAÇÃO COMERCIAL, DIZ INSPETORA
Responsável pela prisão de alguns dos mais procurados traficantes do Rio, a inspetora Marina Maggessi, deputada federal eleita (PPS), afirmou ontem que a motivação para os ataques de traficantes do Comando Vermelho (CV) na madrugada de ontem foi meramente comercial. “Não há conotação política. As milícias atrapalharam os negócios deles e, por isso, reagiram”, disse ela.
Segundo Maggessi, o CV, que já foi a principal facção organizada do País, está “acabado”, já que os principais chefes da quadrilha estão presos e perderam alguns de seus maiores pontos-de-venda para quadrilhas rivais, como as Favelas do Vidigal e da Rocinha, na zona sul do Rio. “Se eles tivessem força não sairiam matando inocentes, mas invadiriam a (favela) Kelson’s e todos os outros lugares que têm milícia.”
A inspetora, que já chefiou o Centro de Inteligência da Polícia Civil e mais recentemente era encarregada das investigações da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, disse ter a informação de que os ataques foram combinados na Favela da Mangueira, em São Cristóvão, na zona norte. “Tudo está concentrado lá, as armas, de onde saíram os comboios.” Segundo ela, a polícia não sobe a Mangueira “porque os riquinhos vivem lá na quadra da escola de samba e eles têm proteção política”.
Não há um mentor, segundo Maggessi. “É um bando de moleque cheirador de cocaína. Decidiram aterrorizar, conseguiram autorização dos líderes presos e saíram feito doidos.” Além dos traficantes da Mangueira, disse, vieram criminosos do Morro da Providência (centro), do Complexo do Alemão, Vila Kennedy, Nova Holanda e Vilar Carioca (todos na zona norte). Para ela, os ataques vão continuar: “A partir de amanhã (hoje) terão 4 mil policiais patrulhando a orla, eles vão virar alvo.”
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